domingo, 10 de janeiro de 2010

Quando o meu carro me diz para "Colocar cinto" eu coloco; que há uma "Porta aberta" eu fecho; "Combustível em baixo" eu abasteço; "Água baixa limpa vidros" e eu encho. São avisos claros e que não deixam dúvidas sobre o que devo fazer. Mas quando se arma em Serviço Nacional de Protecção Civil e acende uma luzinha amarela em forma de floco de neve, alertando-me que "Temperatura exterior inferior a 4 graus", ou vermelha com "Temperatura exterior inferior a 0 graus", eu fico indeciso. Sim, está frio, e então? Volto para casa? Chamo os bombeiros? Sopro para o motor? Volto para casa, chamo os bombeiros e peço-lhes que soprem para o motor? É nestas alturas que tenho saudades do meu primeiro carro, herdado do meu avô, e que um dia decidiu parar no meio da Marginal a deitar fumo do capot, enquanto as luzes do painel de instrumentos piscavam freneticamente. O aviso, mesmo sem aparecer escrito, não podia ser mais óbvio: "Trocar de carro". E eu troquei.